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Economia

Veja como decisão da Petrobras pode afetar os preços dos combustíveis e o seu bolso

da Redação Enfoque MS

Publicada em 09/06/2023 às 12:00h - 85 visualizações

por Com Informações Enfoque MS


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Especialistas divergem sobre nova estratégia de preços da Petrobras (Foto: José Cruz - AB)  (Foto: )

Arábia Saudita anunciou redução na produção do bem, o que pressiona o valor do barril; em maio, estatal anunciou o fim da paridade internacional

A política de preços dos combustíveis da Petrobras passou por mudanças em maio. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, anunciou o fim do PPI (Preços de Paridade de Importação). Ele atrelava os valores nas bombas brasileiras ao mercado estrangeiro.

Porém, a companhia não deu detalhes de como será a nova definição de preços. A empresa se limitou a dizer, no dia do anúncio, que “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Ocorre que um aumento do preço do combustível fóssil, no mercado internacional, está à vista. Isso porque a Arábia Saudita fará cortes profundos na produção de petróleo a partir de julho, segundo a Reuters.

A medida faz parte de um acordo mais amplo de limitação da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). O grupo produz cerca de 40% do petróleo bruto do mundo. Assim, esse movimento pressiona as cotações do bem para cima em todo o mundo.

Na segunda-feira (5), no dia do anúncio, o preço do barril de petróleo subiu no exterior. No índice britânico, alta de R$ 12,79. No indicador americano, a expansão de foi de R$ 16,24.

Apesar de os índices terem recuperado parcialmente as perdas no dia seguinte (6), o impasse permanece. Isso porque, se os preços nos postos brasileiros ficarem defasados (sem reajustes), é possível que a própria Petrobras arque com o prejuízo.

Segundo o último levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio de revenda da gasolina no Brasil é de R$ 5,21.

Para Rodrigo Saraiva, membro do conselho administrativo do Instituto Mises Brasil, a estatal terá “uma série de prejuízos”.

“A Petrobras vai ficar mais endividada, caso não acompanhe o mercado internacional”, opina ele.

Segundo Saraiva, os danos dessa situação atingiriam “todos os brasileiros”: “Quando a Petrobras dá lucro, nós não somos beneficiados por ela. Quando ela dá prejuízo, nós todos pagamos a conta, como pagamos fortemente durante o governo Dilma”.

Em 2015, a companhia teve o maior rombo anual até então. O prejuízo foi de R$ 34,8 bilhões. Ainda, o saldo negativo foi de R$ 21,6 bilhões no ano anterior.

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Porém, não é o que diz Felipe Coutinho. Ele é engenheiro químico e vice-presidente da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras).

“A Petrobras pode praticar preços menores que os paritários de importação (PPI) e se manter lucrativa e altamente rentável. Seus custos são muito menores que os preços paritários de importação. A estatal pode abastecer todo mercado brasileiro, com preços justos e competitivos, muito menores que o PPI, sendo altamente lucrativa”, afirma ele.

À reportagem, a petrolífera alegou que não “antecipa decisões” sobre eventuais reajustes “por questões concorrenciais”. Leia a íntegra do posicionamento da empresa:

A partir da aprovação da estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina, a Petrobras passou a ter mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores.

Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.

A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com sua sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado.
Por questões concorrenciais, a Petrobras não antecipa suas decisões sobre manutenção ou reajustes de preços.

O que era o PPI

O PPI era a política que atrelava os preços dos combustíveis repassados pela Petrobras à cotação desses produtos no mercado internacional.

Ou seja, se o óleo encarece ou o dólar (principal moeda no exterior) se valoriza em relação ao real, a estatal dava a ordem, em forma de reajuste, para que fique mais caro encher o tanque no Brasil.

Ela foi implementada em 2016 pelo então presidente da companhia, Pedro Parente. Ele foi indicado ao cargo pelo chefe do Executivo da época, Michel Temer.

O PPI era criticado por economistas e políticos mais à esquerda. Felipe Coutinho, por exemplo, classifica a ferramenta como:

“Inédita, arbitrária e lesiva ao interesse nacional, desde sua criação. O anúncio do fim dessa política de preços precisa corresponder à prática para ter nosso reconhecimento”.

Já figuras à direita elogiavam a medida. Para eles, o PPI era o que impedia a Petrobras de arcar com o prejuízo na venda dos combustíveis.

“Ou nós pagamos o preço da gasolina ou nós vamos pagar para resolver a dívida da Petrobras, assim como fizemos no passado”, avalia Rodrigo Saraiva.

Fonte: R7




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