O laudo pericial do bebê morto no dia 1º de janeiro deste ano, em Cassilândia, apontou para sinais de violência sexual. O corpo da vítma apresentava anormalidade nas partes íntimas.
O médico responsável pela autópsia informou que a menina tinha sinais que poderiam ser compatíveis com ato libidinos e que não eram compatíveis com um uso de supositórios.
O laudo foi entregue à investigação do caso no último dia 06 deste mês e apontou como causa da morte um traumatismo cranioencefálico grave causado por ação contundente e violência sexual.
O caso aconteceu no dia 1º de janeiro destes ano. A mãe da vítima, de 24 anos, foi presa após matar o próprio filho, de apenas 2 meses, em Cassilândia. Na ocasião, ela estava em surto e arremessou a criança contra o asfalto, ferindo principalmente a cabeça dela.
A equipe que atendeu a criança na Santa Casa de Cassilândia acionou a Polícia Militar, informando que a criança apresentava vários hematomas possivelmente oriundos de maus-tratos.
A PM, então, seguiu até o endereço da família, na Vila Izanópolis, onde encontrou os pais e o avô. A mãe estava desacordada em uma cadeira enquanto o pai e o avô conversavam.
Questionados, o pai informou que a sua esposa teve um surto e que saiu correndo pelas ruas com o bebê no colo, quando o deixou cair acidentalmente. Uma ambulância foi acionada para levar a mulher ao hospital.
Entretnto, a médica informou que os hematomas no bebê não se tratavam de uma “simples queda” e os policiais pressionaram o pai, que entãõ confessou ter brigado com esposa ao pedir para ela amamentar o filho.
“Ela se recusou e saiu correndo com a criança. O pai correu atrás, mas não conseguiu evitar o momento em que a mãe segurou o bebê pelas pernas e arremessou umas três vezes contra o chão”, disse o pai aos policiais, conforme consta no registro da ocorrência.
Diante do relato, pai, mãe e avô foram levados para a delegacia de Polícia Civil, onde o caso foi registrado como homicídio e passou a ser investigado desde então.
Durante o processo, o pai foi ouvido e contou que convivia com a esposa há cerca de sete anos e que ela sofre de problemas psicológicos e espirituais, mas que o relacionamento dos dois sempre foi harmônico e tranquilo, inclusive, estariam planejando mudar de cidade por conta dos transtornos.
Ainda na sua versão, o homem pontuou que a esposa se sentia culpada e sobrecarregada por conta dos problemas psicológicos e, no dia do ocorrido, tentou acordar para dar de mamar ao filho e ela se levantou alterada, deixando a criança cair. Ele ligou para o sogro, e quando este chegou a mulher saiu correndo, abriu o portão com a bebê no colo.
Ele foi atrás da esposa e conseguiu segurar a mulher, que passou a chacoalhar a criança pelas pernas e então a menina acabou caindo no chão. Em seguida, voltaram para casa, acionaram um vizinho de 29 anos que levou o bebê para o hospital, onde recebeu atendimento médico, mas acabou morrendo por conta dos ferimentos.
Já a mulher, em sua versão, confessou que segurou a criança no colo e que saiu correndo para a rua porque estavam tentando impedir que matassem a filha. Disse ainda que cometeu o crime sem motivo e que precisava “libertar uma amarra espiritual” em relação ao companheiro e à filha.
A mulher foi solta da prisão preventiva no dia 27 de janeiro por decisão da justiça. Na époica, um laudo de insanidade mental concluiu que ela tem “transtorno mental grave”. A juíza então concedeu liberdade provisória e tratamento de saúde, que está sendo realizado pelo Caps (Centro de Atenção Psicossocial) do município.
Crédito: Enfoque MS