Foi durante uma abordagem de rotina na manhã desta terça-feira (02), na rodovia federal BR-262, em Anastácio, que mais uma carga de cocaína acabou sendo apreendida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Dessa vez, foram 63 quilos que estavam escondidos do pneu de estepe de um caminhão.
Na ocorrência, a equipe parou o veículo suspeito, modelo Volvo/Fh 540, e durante a entrevista com o motorista verificou que existia um mandado de prisão em aberto com o mesmo nome que o dele, porém, com características diferentes, podendo se tratar de um homônimo.
Diante dos fatos, ele foi conduzido até a Delegacia de Polícia Civil de Anastácio para verificação e, durante a checagem, os policiais descobriram que um pneu estepe do caminhão apresentava alterações. Após retirarem o pneu, foram encontrados vários tabletes de cloridrato e pasta base de cocaína.
Dados da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que houve um aumento de 28% no número de apreensões de cocaína ao longo deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022. Foram 6.912 quilos de janeiro a maio de 2023 contra 5.360 registrados no mesmo período do ano passado.
Os números disponíveis no site da Sejusp também apontam que somente em Campo Grande, nestes primeiros meses de 2023, foram 1.989 quilos de cacaína apreendidos. Outros 2.136 flagrantes aconteceram nos municípios que compõem a chamada faixa de fronteira com o Paraguai e a Bolívia, e mais 2.787 nas demais cidades.
O mês de abril foi finalizado pelas forças policiais com saldo de 3.478 quilos da droga apreendida, sendo a maior quantidade para um único mês desde 2013, ainda segundo o balanço da Sejusp. No mês de setembro de 2022 foram 2.825 quilos e, no mês de março deste mesmo ano, 2.524 quilos de cocaína apreendida.
A maior parte dos casos são semelhantes ao episódio relatado no início deste texto. Segundo a instituição, essa droga sai da fronteira para abastecer os grandes centros de todo o País e também vão para outros continentes, especialmente a Europa usando cargas do Porto de Santos (SP).
Crédito: Enfoque MS