Que Mato Grosso do Sul é um estado com grande população silvestre e que, infelizmente, isso faz desses animais potenciais vítimas de acidentes de trânsito em rodovias, fato que temos visto com certa frequência desde janeiro deste ano.
Há poucos dias, um acidente com anta na MS-040, entre Campo Grande e Santa Rita do Pardo, provocou o capotamento de uma caminhonete Toyota Hilux, e acabou matando uma pessoa, além do animal.
Na madrugada desta quinta-feira (18), um homem de 38 anos também morreu, assim como o animal, após mais um acidente, novamente em Santa Rita do Pardo e, mais uma vez, na MS-040.
Segundo a Capitã Thamara de Brito Moura, assessora de comunicação do BPMA (Batalhão de Polícia Militar Ambiental), são vários fatores envolvidos num numa situação de acidentes com animais.
"O que a gente pontuou em relação, por exemplo a antas, não que exista o aumento em relação acidentes com antas, mas é porque acidentes envolvendo animais de grande porte são mais desastrosos."
Thamara explica que são mais perigosos, mas que não são exclusividade. "São mais perigosos, mas infelizmente nós temos tatu atropelado, lobinho, muitas vezes são subnotificados, não chegam ao conhecimento da Ambiental ou de qualquer outro outro órgão, vamos dizer assim."
Os fatores que podem levar ao acidente pode estar relacionado justamente à densidade da população de animais silvestres na região.
"A gente pontuou vários fatores. Tem algumas algumas regiões do estado em que a fauna é mais exuberante. A gente tem a região ali, indo para Bonito e a região do Pantanal que tem bastante incidência de fauna. Aquela MS-040, mesmo, é uma região que também não tem muitas cidades né? Na verdade nem tem cidades ali. Também é uma região que tem bastante animais circulando."
Thamara ainda comenta que é realizado o trabalho junto aos motoristas. "A gente tenta conscientizar os motoristas, a atenção, a falta de cuidado... Algumas rodovias realmente não são sinalizadas, e isso é mais prejudicial ao ao animal, rodovias sem sinalização ou sem acostamento."
A capitã ainda comenta que quando não há acostamento, o motorista não percebe a presença do animal.
"Quando ele vê o animal já está no meio da via e, dependendo da velocidade, não consegue se livrar do acidente. Então, a situação em relação a a grandes animais, anta, tamanduá, capivara, é que são os acidentes mais desastrosos, que acabam levando a situações como a gente viu agora recentemente, que levou o motorista a óbito", finaliza.
Crédito: TopMídianews
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