Após fugir do local do feminicídio, o autuado passou a ameaçar a babá de seus filhos, dizendo-lhe que ela seria a próxima, em referência ao crime que tinha acabado de praticar contra sua ex-companheira. A babá representou criminalmente em desfavor do autuado.
A Delegada de Polícia, Ariana da Silvia Gomes, informou sobre a notícia do crime. Em posse das informações, o setor de investigação da DAM Dourados foi acionado a fim de localizar e capturar o autor.
Ele foi localizado em uma construção, situada à rua Oliveira Marques, no Centro de Dourados. No ato da abordagem, o autor proferiu ameaças contra a vítima, dizendo e reiterando que: “não tem nada que vocês falem que me faça mudar, ela vai morrer”. Após a detenção, o preso foi conduzido à delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC), para adoção das providências cabíveis.
Em sede policial, o autor confessou a prática delitiva, detalhando a dinâmica do crime. Ele teria pedido para a vítima que as crianças fossem para sua casa, todavia, a mulher teria “tirado sarro” da cara dele. Furioso, o autuado deslocou-se até a residência da vítima, adentrou no imóvel de modo clandestino, e já no seu interior foi em direção à motocicleta da vítima e retirou a gasolina do tanque, com o auxílio de uma mangueira, colocando o combustível em um caneco.
O autor permaneceu aguardando a chegada da vítima. Quando essa chegou à casa, G.A.C.J. jogou a gasolina que estava no caneco no corpo de Valéria Carrilho da Silva, 35 anos, e, com o isqueiro ateou fogo no corpo e rosto dela.
A vítima em chamas teria passado perto da motocicleta, alastrando o fogo para o automóvel. Em seguida o autor fugiu.
A vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital da Vida com lesões gravissímas. Por volta das 19h, chegou ao conhecimento da autoridade policial, por meio de atestado médico, o óbito de Valéria, que foi confirmado às 17h14min, havendo, portanto, consumação delitiva.
Em relação à ameaça, aguarda-se comparecimento dos representantes legais, ascendente, descendente ou irmão, para exercício do direito de representação, conforme prevê o art. 24, §1º, do Código de Processo Penal. Foi lavrado o respectivo auto de prisão em flagrante, em que se representou pela conversão da prisão pré-cautelar em preventiva, tendo em vista a necessidade do acautelamento provisório para garantia da ordem pública, evitando-se a reiteração delitiva e considerando a gravidade dos fatos e a exacerbada periculosidade e reprobabilidade da conduta do agente.
Fonte: PC MS
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